Um dos pilares para a retomada das companhias será a gestão da cadeia de suprimentos. Mas os desafios são grandes. Porém, mesmo com as dificuldades externas, veja como é possível encontrar a melhor solução para o seu gerenciamento da cadeia de suprimentos no setor automotivo
Os primeiros meses de 2021 continuam com as mesmas incertezas de 2020. Afinal, após o início da pandemia da Covid-19, muitos hábitos e consumos mudaram, além da necessidade de adotar regras de distanciamento e isolamento social. Além disso, a instabilidade política no país gera ainda mais desconfianças sobre o futuro. Por isso, o setor automotivo vem sofrendo e passando por um período de tribulação.
Para termos uma noção melhor disso, vamos fazer uma retrospectiva e retornar para o último ano “normal” da nossa sociedade, que foi 2019. Esse período foi o melhor em vendas de veículos no país se comparado aos últimos 5 anos. Além disso, as expectativas para as montadoras em 2020 era de crescer 10%.
Mas, com a chegada do vírus ao Brasil, as coisas começaram a mudar. Por exemplo, com o início das medidas restritivas em março e abril, as indústrias paralisaram as suas atividades para a segurança dos funcionários, realizando, por exemplo, discussões sobre os novos protocolos adotados para impedir que os colaboradores se contaminassem dentro das fábricas.
Esse período totalmente diferente por conta do vírus, além da crise econômica e política, resultou em uma queda de 31,6% na produção, fazendo o país recuar 16 anos neste quesito. Outro dado interessante, e que mostra o impacto ainda mais de perto, é quando comparamos o mês de fevereiro de 2020, o último antes da crise sanitária, com fevereiro de 2021, que teve um recuo de 14,6% em vendas.
Entretanto, além dos problemas que são de conhecimento público, outros fatores também tiveram impacto no setor automotivo e devem receber a devida atenção das companhias, sejam elas as fábricas ou as fornecedoras. Para iniciar nossa conversa, vamos falar das matérias-primas.
Falta de matéria-prima no setor automotivo
Um veículo conta com algumas engrenagens para o seu correto funcionamento. Por exemplo, o câmbio manual ou automatizado necessita delas para realizar o engate das marchas. Já as fábricas, de maneira figurativa, devem funcionar como uma, tendo todos os processos alinhados, não podendo existir gargalos. Afinal, uma única peça faltante pode resultar na paralisação de toda a linha de produção.
E isso já está ocorrendo globalmente por conta da falta de semicondutores, chips essenciais utilizados em circuitos eletrônicos e que conduzem corrente elétrica. Aqui vale um comentário: esse problema está afetando muitos setores. Um exemplo são os novos aparelhos de videogame, que estão sofrendo com escassez de estoque pela falta da mesma peça.
Além dos semicondutores, a falta de outros insumos, que podem acontecer pela falta de uma correta gestão da cadeia de suprimentos, ou de problemas externos como os semicondutores, fizeram com que a produção geral de veículos caísse 3,5% em fevereiro, sendo o pior resultado para o setor desde a crise de 2016.
E essa crise, segundo Carlos Tavares, presidente do grupo Stellantis, que reúne 20 empresas automotivas (como Fiat, Jeep e Peugeot), deve permanecer durante boa parte do ano de 2021, não ficando restrito ao primeiro semestre.
Como manter a retomada mesmo com tantos desafios
Se o problema sanitário já era um enorme desafio para as montadoras, a crise eletrônica, que chegou por meio da falta dos semicondutores, tornou o desafio ainda maior, exigindo, mais do que nunca, planejamento e um correto gerenciamento da cadeia de suprimentos no setor automotivo.
Ainda de acordo com Tavares, os primeiros sinais de que as companhias passariam por esse desafio apareceram entre setembro e outubro de 2020, época que, além de uma leve melhora na situação da pandemia por conta da redução de casos e óbitos, o setor esboçou uma discreta reação, com um aumento de 4,4% na produção de veículos.
Por isso, independentemente da situação atual, é necessário que as empresas comecem a estudar os seus processos internos e revejam como está a sua gestão da cadeia de suprimentos. Afinal, nem a pandemia nem a falta de chips serão eternos.
E, quando a normalidade voltar, a tecnologia será a grande aliada para as montadoras. E não estamos falando dela nos veículos da nova geração, que carregam, cada vez mais, sistemas e computadores de bordos capazes até de guiar o carro, visando cada vez mais o conforto do motorista e passageiros, mas, sim, da cadeia produtiva. Segundo projeção do Fórum Econômico Mundial, a digitalização de processos na indústria automotiva pode gerar até US$ 0,67 trilhão para ela e mais US$ 3,1 trilhões em benefícios sociais. Por isso, é extremamente necessário garantir a transformação digital da indústria automotiva.
E, antes de falar das soluções corporativas, podemos olhar mais alguns dados deste mercado, apresentados em estudo da SAP:
- 22% das receitas relacionadas à indústria automotiva são derivadas de mobilidade compartilhada, transporte como serviço e outros serviços digitais.
- US$ 1 bilhão é o investimento que os fabricantes fazem todos os anos em pesquisa e desenvolvimento.
- 85% dos fornecedores de peças de reposição incorporarão a impressão 3D aos negócios nos próximos cinco anos.
- US$ 6,7 bilhões são estimados em vendas globalmente na indústria automotiva até 2030.
Como trazer a tecnologia para o dia a dia
Vimos que a crise sanitária, econômica, política e digital tem afetado o setor automotivo, mesmo quando houve uma leve retomada. Mas, enquanto acontece esse efeito parecido com um “ioiô”, as companhias podem começar a planejar os próximos passos para, quando chegar o momento definitivo, retomar o seu ritmo de crescimento.
De acordo com pesquisa encomendada à SAP pela consultoria Forrester Consulting, que conta com 740 executivos de diversos segmentos, 93% destacaram a importância da adoção de tecnologias inteligentes para o sucesso em processos de transformação digital.
Ainda no estudo, 92% destacaram o interesse por plataformas capazes de unificar os dados coletados e gerados pelas tecnologias inteligentes e os processos de negócios.
Ou seja, cada vez mais é importante contar com uma maior rastreabilidade e informações atualizadas em tempo real, garantindo, assim, a exemplo das engrenagens citadas anteriormente, que a fábrica opere de maneira ininterrupta, auxiliando na retomada.
Como o ERP pode auxiliar a indústria automotiva
Uma das ferramentas que devem ser consideradas pela indústria é o software de ERP. Capaz de unificar todas as áreas de uma companhia instantaneamente, ele facilita o dia a dia de gestores, contadores e funcionários da operação.
Com a correta gestão da cadeia de suprimentos no setor automotivo, as companhias podem, quando tudo retornar à normalidade, trabalhar com calma e consistência, entendendo, por meio de relatórios instantâneos, como estão o processo e os números.
Como a Uppertools pode te ajudar?
A Uppertools, especialista em soluções ERP de alta qualidade, conta com profissionais capacitados para entender e auxiliar todas as demandas das companhias automotivas. Parceira da SAP no Brasil, a empresa fornece o SAP B1 e é a fabricante dos produtos BR One certificados pela SAP.
Nosso time de profissionais está preparado para auxiliar as empresas a alcançarem a transformação digital, colher resultados positivos e, assim, conquistar ainda mais destaque no setor em período tão importante da retomada econômica.
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