Você sabe como fazer uma boa gestão de fluxo de caixa principalmente na quarentena? Essa pandemia de coronavírus pegou todo mundo de surpresa. Além de ser uma questão de saúde pública importantíssima, ela afetou severamente as empresas graças à necessidade da implementação da quarentena na maioria das cidades brasileiras.
O grande desafio, portanto, é conseguir manter uma boa gestão de fluxo de caixa nesse período. Afinal, ele é importante para que a empresa possa manter suas operações, garantindo que ela continue gerando receitas e contribuindo para a sua saúde financeira e recuperação pós-crise.
Neste artigo, mostraremos algumas estratégias que você deve adotar para manter o seu controle de fluxo de caixa. Acompanhe!
Faça projeções de impacto
O primeiro passo é projetar o impacto nas contas da sua empresa. A maioria dos negócios sofreram uma diminuição na sua receita, e isso, inevitavelmente, impactou os resultados do seu empreendimento.
Nesses momentos, é muito importante ter o controle de todas as movimentações realizadas para conseguir enxergar gastos que podem ser provisoriamente suprimidos, evitando que o fluxo de caixa seja prejudicado. Nesse contexto, torna-se ainda mais importante a utilização de ERPs e outros sistemas que facilitem a gestão das suas contas e do fluxo de caixa.
Foque em custos e despesas fixos
Outro detalhe que merece muita atenção são os custos e despesas que não alteram com a queda na produção, nas vendas ou na prestação de serviços. Com a redução da receita, esses gastos podem arruinar o seu controle de fluxo de caixa e acabar deixando a sua empresa no vermelho.
Por isso, é crucial que você foque na gestão desses custos e dessas despesas e verifique a possibilidade de suprimi-los enquanto durar o período de isolamento social. Quanto a esse ponto, é fundamental que você tenha atenção ao corte de custos fixos, especialmente.
Eliminar esses gastos deliberadamente pode ser ainda mais prejudicial do que mantê-los em níveis elevados em tempos de quarentena. Isso porque os custos estão diretamente ligados com a sua capacidade de produção, vendas ou prestação de serviços, bem como com a qualidade das soluções que são destinadas aos seus clientes.
Logo, uma redução que não é pautada em análise e gerenciamento pode acarretar uma queda na sua capacidade produtiva e na qualidade de seus produtos, gerando uma redução ainda maior na receita e, pior que isso, prejudicando a sua credibilidade frente ao mercado.
Evite demissões
O outro ponto importante para manter um bom controle e uma eficiente gestão de fluxo de caixa na quarentena é evitar demissões. Pode parecer contraintuitivo afirmar isso nesse período em que todos estão buscando meios de reduzir seus gastos para se manterem vivos no mercado.
Entretanto, é importante que você tenha em mente dois detalhes. Primeiro, a quarentena não durará para sempre, e, quando ela acabar, a sua mão de obra qualificada voltará à ativa. Então, se você se desfazer dela neste momento, pode ter dificuldades para encontrar outros profissionais no futuro.
Além disso, vale a pena mencionar que rescisões contratuais são caras, e a maior parte das empresas não está preparada para suportar os altíssimos custos que uma demissão em massa pode ocasionar.
Obviamente, caso seja necessária a dispensa de empregados em situações pontuais, você deve estudar bem e considerar a possibilidade de fazer isso, mesmo em períodos de quarentena. O que deve ser evitado é demitir muitas pessoas de uma só vez por conta da queda na receita.
Negocie jornada de trabalho e adequação salarial
Aproveitando o que foi mencionado no tópico anterior, muitas pessoas podem ter se perguntado: e se a empresa, de fato, não tiver recursos suficientes para manter o seu quadro de colaboradores? Ou, ainda: como ficaria o fluxo de caixa nesses casos, considerando que a receita diminui fortemente?
Bom, quanto a esses questionamos, existem algumas ações que podem ser adotadas para reduzir o impacto no fluxo de caixa nesse período. A principal delas é a negociação da jornada de trabalho.
O Governo Federal possibilitou às empresas a redução de até 70% da jornada de trabalho, sem prejuízo ao montante total que o trabalhador recebe em seu salário. Funciona, basicamente, da seguinte forma: a empresa reduz a carga horária em 50%, por exemplo, e paga apenas metade do salário ao trabalhador.
A outra parte, os 50% restantes são pagos pelo Governo, que utilizará o montante que o empregado receberia do seu seguro desemprego para cobrir esse valor. Afinal, caso ele fosse demitido, teria direito ao total do benefício pelo período determinado na Lei.
Essa medida passou a valer no mês de abril de 2020, e a previsão é que ela continue valendo por três meses após esse período. Porém, como não sabemos, de fato, quando tudo isso vai acabar, é possível que esse tempo seja estendido, caso seja necessário.
Entretanto, quando se fala em mexer com a jornada de trabalho, principalmente de salários, é primordial contar com a ajuda de um profissional que domine o direito do trabalho, especialmente quanto a essas novas determinações que foram criadas para atender às empresas nesse período de quarentena.
A outra alternativa — porém, pouco recomendada tendo em vista o fato de ser uma operação de crédito que incide a cobrança de juros, mesmo que baixos — seria aproveitar o programa de crédito emergencial para cobrir a folha de pagamento, que foi criado pelo Governo Federal para atender a essas necessidades e evitar a demissão em massa e a geração de desemprego.
Gaste apenas o essencial
Por fim, é fundamental que você gaste apenas o que, de fato, for necessário para manter o seu negócio funcionando. Esse não é o momento de fazer grandes investimentos, mas, sim, de realizar todo o esforço possível para manter seu negócio, todo o pessoal e ferramentas necessários para que ele continue gerando receita e possa retornar dessa crise ainda mais sólido e fortalecido.
Para concluir este conteúdo, é importante que você adote essas estratégias sobre a gestão de fluxo de caixa na quarentena. Assim, conseguirá passar por esses períodos desafiadores com mais tranquilidade, absorvendo todos os impactos que podem ser gerados pela queda na receita.
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