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MRP: como ela interfere no planejamento de recursos de manufatura?

Problemas na gestão de recursos podem causar grandes impactos no sucesso de empresas. Se o negócio passa por dificuldades ao direcionar materiais de trabalho e planejar as ações nessas áreas, custos tendem a crescer e influenciar os resultados a médio e longo prazo.

Justamente por isso, muitos gestores adotam práticas como a MRP para otimizar a capacidade de administrar a companhia. Hoje, o uso de práticas como a citada se tornou tão crucial quanto ter bons profissionais e manter uma infraestrutura moderna. Quer saber mais a respeito da adoção dessa metodologia? Leia o post!

O que é o MRP?

Sigla para Material Requirement Planning (ou Planejamento de Necessidades Materiais, em português), o MRP é uma forma de otimizar a gestão de suprimentos e garantir baixo desperdício de materiais. Desse modo, a cadeia operacional continua funcional sem que existam custos elevados ou falhas na entrega de resultados.

O MRP deve ser visto, portanto, como uma ferramenta de gestão para qualificar o contato com fornecedores, a gestão de estoque e até mesmo a logística da empresa. Ela surgiu a partir da necessidade de corporações controlarem seus fluxos de trabalho, mesmo com a complexidade das cadeias e o grande número de times atuando.

Assim, negócios ganharam a capacidade de gerenciar por conta própria todos os fluxos sem que ocorresse a ausência de materiais para a entrega de qualquer resultado. Aos poucos o modelo evoluiu e hoje virou o que a indústria chama de MRP II.

Manufacturing Resources Planning, ou Planejamento de Recursos de Manufatura, é uma metodologia mais complexa, que combina tecnologias, processos operacionais e mecanismos de gestão para lidar com os desafios modernos. As empresas, então, conseguem atingir melhores resultados mesmo em momentos de alta demanda.

Como o MRP II funciona?

Uma companhia que trabalha utilizando apoio o MRP II vê suas possibilidades de crescimento chegarem às alturas. Entretanto, isso só se transforma em realidade caso o gestor conheça as bases da solução e como funciona a implementação.

Afinal, precisa haver a segurança de que todas as bases da metodologia serão incorporadas nos processos da empresa para gerar melhores resultados. Essa maneira de gerenciar organizações é baseada em uma lógica chamada de backward scheduling.

Nela, o gestor considera o produto pronto e faz uma “retrospectiva” sobre todas as etapas necessárias para entregá-lo, considerando prazos, uso de materiais e pessoas envolvidas. Além disso, outros pontos integram a lógica, tais como:

  • a estrutura do produto e a quantidade de cada componente envolvido;
  • o tempo de reposição exigido para adquirir novas matérias primas e o recebimento do material;
  • o tempo de fabricação total do produto;
  • a quantidade ótima de cada matéria prima;
  • a quantidade ótima de cada item que deve ser adquirida por pedida para que a produção possa se manter com fluidez;
  • o estoque mínimo de cada suprimento que o negócio precisa ter por dia;
  • o estoque máximo que o negócio suporte para que a curva de oferta não fique acima da curva de demanda.

A partir de fatores como os listados, o gestor faz uma avaliação para definir o que comprar, quando comprar e como comprar. Desse modo, o planejamento se dá visando evitar falhas nas etapas de produção e atrasos nas entregas para os consumidores e parceiros comerciais.

Atualmente, o mercado já contém softwares capazes de levar o MRP II ao ambiente de trabalho por meios digitais. Nesse caso, o sistema realiza a observação e os cálculos necessários a partir dos dados inseridos pelos profissionais. Como consequência, os benefícios crescem e podem ser identificados a partir de aspectos como:

  • melhor uso de recursos;
  • possibilidade de reduzir o número de gargalos operacionais;
  • diminuição dos custos operacionais;
  • planejamento mais eficiente da companhia;
  • maior integração entre equipes e fornecedores.

Como o MRP II se diferencia do CRP e do APS?

Além de compreender como o MRP II se diferencia do MRP I, as empresas que pretendem utilizar sistemas baseados nessa solução devem estar atentas para o modo que ele se diferencia de outras ferramentas.

As principais são o CRP e o APS, outras duas maneiras de ter um controle mais rígido sobre o uso de recursos e o modo como a companhia lida com os seus suprimentos.

Os APS (Advanced Plannning and Scheduling Systems, ou Sistemas Avançados de Planejamento e Agendamento, em português) são soluções que fazem a gestão das ordens de produção e os respectivos sequenciamentos.

Elas também são capazes de criar programas para a produção que tenham cronogramas realistas e alinhados com as demandas do mercado. Desse modo, os times não ficam sobrecarregados com fluxos de trabalho que exigem além da capacidade da linha de produção.

Já o CRP (Capability Resource Planning, ou apenas Planejamento das Necessidades de Capacidade) é voltado para a distribuição das ordens de produção dentro dos fluxos de trabalho existentes.

Ou seja, ele garante que os recursos, dentro de seus limites, sejam utilizados da melhor maneira possível, sem comprometer a qualidade das rotinas operacionais. Assim, os produtos podem ser entregues sempre antes dos prazos acordados.

Como boas ferramentas de planejamento tornam negócios mais eficazes?

Nos últimos anos, as soluções de gestão têm se disseminado por vários setores da economia. Graças a elas, gestores conseguiram colocar os fluxos de trabalho em uma elevada performance, com baixo nível de gargalos, alta integração e máximo rendimento. O tempo dedicado ao atendimento a demandas estratégicas aumenta e dá mais competitividade.

No caso da indústria, o uso de sistemas de gestão auxilia o negócio a preparar a compra de novos materiais, evitar atrasos na entrega de produtos e manter um fluxo operacional sempre livre de gargalos.

O melhor planejamento dá aos times a habilidade de negociar contratos de compra de suprimentos valiosos, otimizar rotinas como as de manutenção e manter os times alinhados com as demandas estabelecidas.

Por isso, todo gestor deve considerar o investimento em ferramentas como as baseadas no MRP. Com essa mudança de atitude, os times atuam com produtividade alta e o negócio ganha bastante competitividade sem utilizar excessivamente os recursos disponíveis.

E aí, quer saber mais sobre como o MRP pode ser empregado para prever a demanda da empresa? Então confira o nosso post a respeito do tema! Não deixe de entrar em contato.

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