Cerca de 30% das compras do Governo Federal são provenientes de micro e pequenas empresas (MPEs). Em 2023, essas empresas venderam mais de R$ 17,3 bilhões em produtos para o Governo Federal, segundo dados do Sebrae. Esse valor inclui negociações com a União, estados e municípios.
Entre 2019 e 2023, o total homologado em compras governamentais foi de R$ 569,6 bilhões, dos quais R$ 145,3 bilhões foram destinados a microempreendedores individuais (MEI) e micro e pequenas empresas. Este crescimento contínuo reflete a eficácia de políticas públicas e incentivos que facilitam a participação dessas empresas em processos licitatórios.
Além disso, a legislação como a Lei Complementar nº 123/2006 e outras normas específicas garantem tratamento diferenciado e preferência nas contratações públicas para as MPEs, promovendo seu desenvolvimento e contribuindo para a economia nacional.
Práticas Sustentáveis
Para manter e expandir sua participação no mercado de compras governamentais, as PMEs deverão comprovar que adotam práticas sustentáveis. Isso inclui a implementação de processos que minimizam o impacto ambiental, a utilização de matérias-primas renováveis ou recicladas, a eficiência energética e a responsabilidade social.
O Governo Federal tem incentivado fortemente a sustentabilidade nas aquisições públicas através de políticas como o Plano de Gestão de Logística Sustentável (PLS) e o Decreto nº 9.373/2018, que dispõe sobre a inclusão de critérios de sustentabilidade nas contratações públicas.
Para impulsionar a implantação de Sistemas de Gestão Ambiental (SGA) entre os pequenos empreendedores, o Sebrae e a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), desenvolveram a norma ISO 14005.
Essa norma criou um atalho para que pequenos empresários possam se adequar e obter a ISO 14001, que é a norma geral de práticas sustentáveis. Por isso, a ISO 14005 foi pensada considerando a realidade das micro e pequenas empresas. Essa regra funciona como um guia, ensinando ao micro e pequeno empresário o passo a passo para a implantação de um SGA, em cumprimento aos requisitos da ISO 14001.
Essa ISO é associada a indicadores de desempenho ambiental, que ajudam o empreendedor a medir os benefícios obtidos durante o processo de implantação.
Na empresa de alimentos congelados Twin Peaks, instalada em Valinhos (SP), a sustentabilidade é uma realidade desde 2007, quando o proprietário construiu uma nova unidade. O negócio começou em 1996 com três funcionários, produção diária de 50 kg e faturamento mensal de R$ 10 mil.
O empresário afirma que a economia obtida com a implantação de medidas de eficiência energética foram fundamentais para o crescimento do negócio.
Outra atitude ambientalmente correta de Cunha, é a destinação de óleo e gordura produzidos todos os dias para empresas certificadas, que transformam o resíduo em sabão.
A Twin Peaks obteve a certificação de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), recomendada por organismos internacionais e que garante a produção de alimentos seguros à saúde do consumidor.
Para comprar a norma 14005, basta acessar o site www.abnt.org.br e entrar na página PME. Após concluir a implantação da 14005, os empresários devem solicitar a vistoria de um organismo certificador, que dará aval para a obtenção da certificação ISO 14001.
Como explicar o valor de TI aos líderes de negócio
Muitos CIOs (Diretores de Tecnologia da Informação) têm dificuldades em comunicar o alto custo de produtos e serviços de TI (Tecnologia da Informação) para os executivos de nível mais sênior da companhia. O Technology Business Management Council (TBMC) trouxe, agora, um framework bastante inovador para servir de guia nesse tipo de conversa.
O TMBC é um novo grupo, sem fins lucrativos, que surgiu de um encontro realizado duas vezes ao ano pela Apptio e se converteu em um consórcio com 400 membros que inclui nomes como Rebecca Jacoby, CIO da Cisco, Tim Campos, do Facebook e Carol Zierhoffer, da Xerox. O objetivo do grupo é criar e promover melhores práticas para rodar a TI como um negócio ao encorajar colaboração e compartilhamento entre diferentes lideranças de TI.
Um dos primeiros projetos finalizados pelo TMBC é o “Bill of IT”, uma espécie de conta da TI, na tradução literal, que consiste em um projeto que instrui profissionais de TI em como comunicar os custos de serviços e produtos de tecnologia para várias linhas de negócio.
“É uma noção completa que envolve mão de obra, servidores, storage e redes na composição de uma conta de materiais que oferecem ao negócio um serviço ou capacidade de forma que essas lideranças possam entender”, explica Chris Pick, presidente do conselho e CMO da Apptio.
Pick cita, por exemplo, que, em vez de simplesmente informar aos empregados da corporação sobre o investimento em um servidor top, o Bill of IT ajudar os profissionais de TI a comunicarem aos diversos departamentos que eles receberão um serviço de email padrão outro por um preço bastante razoável.
De acordo como o TMBC, o projeto Bill of IT pode ser baseado em uma de quatro variáveis: custo, preço, orçamento ou híbrido.
“Você pode criar uma fatura baseada em custos, em preços ou com base em planos e em como você irá antecipar as demandas de um negócio. Você pode também criar uma fatura baseada numa composição híbrida”, ensina Pick.
Como o Bill of IT define custos como despesas atuais por cada um dos serviços, preço entra como uma espécie de taxa por unidade predefinida para serviço (preço x quantidade), o que permite aos departamentos entenderem melhor o consumo de serviços de TI realizado pela companhia.
Comunicar custos de serviços e produtos de TI em termos de orçamento, entretanto, ajuda as unidades a calcularem os custos que irão aparecer ao longo do ano. E, finalmente, o modelo híbrido, que inclui combinação de custo, preço e medidas orçamentárias, é o modelo mais flexível e de mais fácil entendimento para as áreas de negócio.
Trata-se de um framework multifacetado para comunicação dos custos da TI que vai além do modelo padrão de cálculo de retorno utilizado pelas áreas de TI. “O que o Gartner tem feito um pouco incorretamente em termos de mercado é definir processos para transparência financeira apenas com base em chargeback”, avalia Pick.
O projeto do TBMC vai um passo além ao reconhecer que os processos de faturamento podem ser baseados em consumo de produtos e serviços de TI (classificado em inglês como showback), consumo em uma unidade particular com preço fechado ou rateio (chargeback) ou ligando consumo com despesas gerais por produto e serviço (reconciliação automática).
Ao criar melhores práticas em como comunicar os custos de produtos e serviços de TI, a TBMC espera ajudar os departamentos de TI no cumprimento dos números. Primeiro por estar baseado em “um framework de tomada de decisão que permite aos executivos uma visão da estrutura de custo”. Para Pick, os profissionais de TI estarão mais aptos a reduzir gastos e reconhecer como essas medidas impactarão na entrega e qualidade do serviço.
O framework Bill of IT também “permite à TI otimizar o financiamento de produtos e serviços que realmente fazem a diferença na estratégia do negócio”, acrescente Pick. Além disso, ao criar essa plataforma, o TBMC espera ampliar a comunicação entre as áreas de negócio e a TI.
Fonte: http://crn.itweb.com.br/37869/como-explicar-o-valor-de-ti-aos-lideres-de-negocio/